40 dias depois de dado início ao tratamento, o meu tônus muscular (que na ocasião havia se perdido) já tinha uma boa melhora, o que me possibilitou a fazer alguns exercícios sozinha mesmo estando acamada. A partir daí, eu pude me exercitar diariamente, mas sempre sob a orientação da Wilma.
Assim, aos poucos, fui tendo progressos, e com mais algumas semanas, consegui descer sozinha da cama e me locomover (de início) rastejando pelo chão, já que as faltas de equilíbrio e de força, me impediam de ficar de pé.
Eu estava um tanto... "desengonçada" (naquela fase), mas para mim isso não tinha a menor importância, pois a cada dia que se passava ficava mais claro e evidente de que eu não estava errada em "acreditar" que aquele era o caminho, afinal de contas “descer da cama” ("a minha primeira e grande conquista") era o indicativo de muitas outras conquistas futuras, o que me deixava muito feliz e ainda mais otimista.
Alguns semanas depois, com a ajuda de uma acompanhante, eu comecei a andar com o apoio de um andador, e como naquela época eu estava praticamente sem equilíbrio nenhum, os tombos eram frequentes e inevitáveis. Certamente eu posso dizer que foi “a fase dos tombos”.
Apesar dos hematomas pelo corpo serem muitos (devido a muitas quedas sofridas na ocasião), sempre que eu caía, eu pensava... “Se eu quiser sair dessa, eu tenho que continuar tentando... eu sei que vou conseguir..., e depois se eu cair do chão não passo...”, esse pensamento me fazia continuar sempre e não desistir nunca.
E assim, se passaram mais algumas semanas até que, com o fortalecimento das pernas e dos braços, eu comecei a dar alguns pequenos passos com maior segurança, apenas me apoiando na minha acompanhante, deixando o andador um pouco de lado, mas bastante atenta a cada movimento, pois qualquer descuido, era “tombo na certa”.
A partir daí, eu comecei a andar todos os dias em um corredor externo, que há em casa, fazendo muitas idas e vindas, e assim fui melhorando um pouco mais a cada dia, até que a Wilma (fisioterapeuta), me liberou para andar pela calçada da rua, dando a volta pelo quarteirão de casa. Aos poucos, a volta pelo quarteirão, foi sendo substituída por pequenas caminhadas pelo bairro onde moro.
E assim o tempo foi passando, e 4 meses depois, eu havia conseguido obter progressos muito significativos, como por exemplo: dar alguns passos pela casa apenas me apoiando nas paredes ou móveis,e também a fazer algumas necessidades básicas sozinha, como: ir ao banheiro, pentear os cabelos, escovar os dentes e vestir uma roupa.
"É verdade que se faz necessário Seguir em frente e Fazer a nossa parte sempre, mas Acreditar e Confiar na Providência Divina é Fundamental".
Logo após a alta do hospital em 2000, o meu tratamento fisioterápico foi feito pela minha querida amiga Wilma Shiraishi (e lhe sou muito grata por isso), que é uma excelente fisioterapeuta aqui de Atibaia.
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